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                                                               A decomposição                                                                      

    A modernidade, com a sua força libertadora e de libertinagem enfraquece e realça a sua palidez. À medida em que ela avança, celebra um ato de triunfo, solenizando a sua debilidade social. Em busca da luz, experimenta um sonho atordoado enquanto o mundo mergulhado nas trevas e na ignorância, caminha ao isolamento e à servidão.

A composição do silêncio e a vida recatadas eram nossos aliados; hoje, o barulho nos atormenta e as multidões nos deixam perdidos e solitários. A modernidade arrancou os nossos laços culturais de onde nós vivíamos e nos lançou de encontro a uma cultura de massa, de uma sociedade regida por propagandas intencionadas em bens de consumo, em capitais, em instrumentos de controle social e em orçamentos bélicos.

O Brasil de hoje, ainda um jovem país - modernizando-se, vive atormentado e manipulando a sua população mais jovem a qual acredita estar, como de outrora, experimentando tempos heroicos em que se fazia necessário lutar e resistir contra aqueles que patrocinaram um golpe ou um poder político adverso - uma manipulação estéril, falsa, mentirosa, hedionda e deletéria. O governo federal vende uma espécie de luta ideológica contra a sua bandeira quando o que ocorre, na verdade, é a falência, a desordem e a ineficiência das suas ações. O alto grau de rejeição alcançado por este governo reflete uma espécie de catástrofe que se abateu sobre o país atingindo toda a população que percebeu uma grande diferença entre o cenário que foi mostrado pela propaganda petista e a realidade que o país vem enfrentando em todos esses meses pós-reeleição - uma propaganda cara, cínica e enganosa.

A presidente vendeu um país como uma fábula durante as eleições para esconder o estado de ruína econômica que produziu: recessão galopante; manipulação e tarifaço de energia; a educação vivendo um simulacro e relegada e a produção científica estagnada; a saúde e a segurança pública vivendo dias de horror; desmatamentos e queimadas criminosas; denúncias de desvio de verbas em empresas estatais; delações; propinas; enriquecimento ilícito e fraudulento de inúmeros dos seus pares, subordinados, apadrinhados e familiares; produção industrial e o comércio aniquilados; e ambiente nocivo o qual é “resultado de contabilidade destrutiva e de fraudes fiscais”, como se pronunciou o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, na Comissão de Impeachment do Senado Federal. Afinal, há de se perguntar: o que estaria funcionando razoavelmente bem no País? Hoje, são 11,1 milhões de brasileiros desempregados, o que equivale a toda a população do Rio Grande do Sul se estivesse sem trabalho. E o desemprego tem um efeito devastador na vida das famílias. Neste ano, tivemos “o pior 1º de maio - eis a síntese do Brasil atual para a reflexão e a mobilização da população brasileira neste dia do trabalho”, conforme o texto do competente Editorial do JC, naquela data. Qual dos ministros debaixo dos seus vultosos salários e mais os “jetons” dos Conselhos (do BNDES, por exemplo) estaria preocupado com a penúria do trabalhador brasileiro?

Por outro lado, em nosso Estado, a apatia é contagiante com um governo lento, frágil, submisso, sem criatividade e, politicamente, atabalhoado. Para ajustar as contas, o primeiro alvo foi a população (tributada impiedosamente), o segundo, os servidores (com um faz de conta nos cortes de gastos da máquina) e, o terceiro, agora, são as indústrias. Na verdade, Pernambuco está precisando de um solavanco

Edit by CarlosDantas

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