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                                             A Fontana di Trevi restaurada                                                      

 

Inegavelmente, a Fontana di Trevi – Fonte dos Trevos – é a mais bela ou sublime do mundo, sendo um dos monumentos mais visitados de Roma. Desde a sua inauguração, em 1735, tornou-se um símbolo da arte de esculpir, trazendo em seus desenhos de branco mármore o esplendor do barroco italiano. Rica de histórias, lendas e mitos, reflete em suas ‘águas de fina chuva’ uma empatia romântica com os casais enamorados. Localizada no centro histórico de Roma, a sua história remonta à época dos Imperadores romanos. As suas águas têm origem no aqueduto Acqua Vergine, um dos mais antigos de Roma, encomendado pelo imperador Otávio Augusto, e Trevi, Trebium, o nome do local. A Fontana revela Netuno em seu ‘imenso mar’ e uma jovem romana, Trívia, conduzindo os soldados sedentos por água. Na Roma antiga, os inúmeros aquedutos deram origem a belas fontes erguidas por toda a cidade.

A Fontana di Trevi é uma gigantesca paisagem esculpida em mármore branco dramaticamente barroca, que envolve o espaço de Roma, concebido e materializado por imensos monumentos históricos. A Fontana é o local preferido e adequado aos casais apaixonados que visitam a Cidade e que, segundo uma lenda, todos devem lançar uma moeda em suas águas para um dia poderem retornar.

Durante o período do Renascimento italiano, as fontes antigas retomaram o seu lugar de destaque e de esplendor na arquitetura de Roma. No século XVII, o papa Urbano VIII encomendou ao artista Gian Lorenzo Bernini (1598-1680), o gênio do barroco italiano, o projeto para a construção da Fontana di Trevi, o qual realizou numerosos desenhos. Todavia, com a morte do Papa, o projeto de Bernini foi esquecido. Mais tarde, no século XVIII, Clemente XII organizou um concurso entre arquitetos e escultores italianos para a sua construção, cabendo a Nicola Salvi (1697-1751), arquiteto romano, a realização da obra, a partir de 1732. Com a morte de Nicola, em 1751, os trabalhos ficaram sob os cuidados do arquiteto Giuseppe Pannini (1691-1765), para a conclusão da Fonte. Com vinte e seis metros de altura e tendo ao fundo o Palácio Póli, a Fontana apresenta uma composição harmônica entre as esculturas e a sua fachada, uma composição cinética e dramática, como pede o Barroco. A obra foi concluída em 1762, após a morte do papa Clemente XII.

Em 1960, a Fontana tornou-se cenário do mundo com o filme “La Dolce Vita”, através do cineasta Federico Fellini. No filme, a cena em que a atriz Anita Ekberg banha-se vestida nas águas da fonte, diante da admiração e perplexidade do ator Marcelo Mastroianni, retratou os olhares do mundo. É uma obra fascinante, lascívia e romântica. E imortalizada.

A Fontana di Trevi foi entregue ao mundo para contemplação na última terça-feira, 03 de novembro passado, após 16 meses de restauração, cujos trabalhos foram financiados pela Casa FENDI, da alta costura italiana, a um custo de 2 milhões de euros, conforme o seu Diretor Pietro Bacari, devolvendo-lhe, desta forma, o seu caráter de obra monumental.

Edit by CarlosDantas

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