E o futuro de Pernambuco?
A ciência política, realmente, fascina a todos nós quando é bem exercida e quando abre a cidade para as novas exigências da vida transformadas orgulhosamente em ações de êxito. Em meio às carregadas discussões travadas entre o PT e o PSDB baseadas nas suposições (aparentemente) ideológicas, atualmente em voga a respeito da natureza e destino dos homens verificadas em todo o País, surge um partido que cresceu a olhos vistos, ganhando musculatura e dimensões políticas, preparando-se para o Brasil do futuro, que foi o PSB.
O PSB vislumbrou, como o seu ex-presidente – o governador Eduardo Campos, um novo ideal de integridade, equilíbrio, autodisciplina e, também, um ambiente favorável à sociabilidade e ao sentimento de gratidão entre as pessoas. Nas últimas eleições, concorreu com inúmeros candidatos a prefeito em todo o País e obteve resultados surpreendentes, conseguindo a eleição de um número expressivo deles, quando exigiu de Eduardo uma verdadeira peregrinação nacional, adequando agendas, realizando encontros públicos e incontáveis gravações para os programas eleitorais, fortalecendo os candidatos da legenda e, concomitantemente, mostrando-se à Nação como um gestor competente, moderno, bem avaliado, confiável e, indubitavelmente, leal. Eduardo inseriu o Partido entre os grandes, colocando-o no páreo para as eleições futuras. Era notável, incontestavelmente.
Eduardo parecia incansável e persuadido em resgatar os bons tempos do Estado, aqueles de pujança política, economia expressiva e vida cultural profícua. Pelas suas mãos novos ares de desenvolvimento sopravam na direção de Pernambuco que vivia um momento diferenciado em sua totalidade com novos empreendimentos que exigiam investimentos em qualificação profissional de mão-de-obra e infraestrutura ampliada e qualificada. Pernambuco tinha um dos maiores PIBs entre os Estados brasileiros e experimentava o gosto do sucesso do Complexo Portuário de Suape, e encontrava-se definitivamente incorporado ao conjunto dos Estados industrializados como os outros grandes do País. Todas essas ações alavancavam o que é chamado de Território Estratégico de Suape, formado pelos municípios do seu entorno, cujas atividades desenvolvidas ainda agregam o poder público, a iniciativa privada e a Academia.
Sem dúvida, acreditávamos que na Região Nordeste, Região esta que historicamente sempre retratou a pobreza e as mazelas do País, aconteceria uma acelerada corrida em busca do desenvolvimento nos mais diversos setores da economia e Pernambuco, certamente, seria a veia condutora desse desenvolvimento. Mas, lamentavelmente, Eduardo nos deixou após o trágico e absurdo acidente, deixando desnorteado o Partido, órfãos os seus correligionários e admiradores e, duvidoso e adversativo, o Estado. Fora da Academia, que é o lugar onde se produz arte, cultura, ciência, saber e tecnologia, não assistimos, com raríssimas e raríssimas exceções, a nenhuma manifestação lúdica ou tecnológica que nos faça lembrar aqueles 7 ou 8 anos passados com maestria.
Parece que nós estamos regredindo, atrofiando e agonizando. Urgentemente precisamos de um novo Eduardo para reinventar a esperança.