top of page

  O CEHM: 40 ANOS CULTIVANDO A HISTÓRIA DOS MUNICÍPIOS DE PERNAMBUCO  

 

O Centro de Estudos de História Municipal é um organismo vivo que integra como uma célula de cultura o Governo do Estado de Pernambuco, com o objetivo de cultivar a história dos municípios de Pernambuco.

Em 1968, o escritor Luiz Maria de Souza Delgado, então pertencente ao Instituto Histórico de Olinda, teve a ideia de criar uma “Associação Intermunicipal de História”, onde pudesse agregar todos os escritos daqueles historiadores do interior do Estado. A frutífera ideia é acolhida pelo Conselho Estadual de Cultura e consolidada com a publicação dos Cadernos de História Local, perpetuando, assim, esse momento. Mais tarde, com o falecimento de Luiz Delgado, caberia a seu filho, José Luiz Delgado, Advogado e Professor Universitário, dar continuidade àquelas promissoras ideias de seu pai. Assim, em 1976, como Advogado da Fundação de Desenvolvimento Municipal do Interior de Pernambuco – FIAM, (órgão estadual de articulação, planejamento e assistência aos municípios do interior do Estado), já extinto, Delgado, como é conhecido, aprofunda os fatos e, juntamente com o Administrador do Órgão, Emílio Carazzai, resolvem criar, dentro da FIAM, o Centro de Estudos de História Municipal – CEHM. Em 14 de agosto de 1976, acontece a primeira reunião do Centro, presidida pelo Arquiteto Paulo Roberto Barros e Silva, então sucessor de Emílio, com a presença do Senhor Secretário de Planejamento do Estado, o Dr. Luiz Otávio Cavalcanti, que designa José Luiz Delgado como o primeiro Coordenador do CEHM.

Com o passar dos anos, o que parecia difícil e disperso, ou seja, conseguir agrupar os mais diferentes escritores interioranos espalhados por essas regiões do Estado, incentivá-los e fazê-los acreditar que a partir de então, existiria um Centro capaz de oferecer-lhes todo o apoio necessário à realização de suas pesquisas, de suas memórias e de suas histórias, na conclusão e divulgação dos seus trabalhos. E o CEHM cria então, de forma inovadora e eficaz, com o irrestrito apoio da FIAM, as reuniões às quintas-feiras, sempre ao crepúsculo, em sua Sede – na Rua Barão de São Borja, 526, no bairro da Boa Vista, que perduram até os dias de hoje, onde são discutidos assuntos os mais diversos: memória do local, cultura, textos, manifestações, lançamentos, dentre outros, sempre por demais enriquecedores. Estas reuniões e tantos assuntos, ao longo de todos esses anos, resultaram em um robusto programa editorial com 05 coleções e a edição de uma Revista de História Municipal, a qual é composta por diversos artigos dos seus “sócios”, assim denominados aqueles historiadores que fazem parte do Centro. Nesse contexto, já são centenas de livros editados, em convênio com a CEPE, que trazem a história dos municípios de Pernambuco, em uma diversidade de assuntos e abordagens ricamente descritas nessas publicações, cujos autores se sentem profundamente estimulados e agradecidos por essa iniciativa do Centro. São estas as coleções: Coleção Biblioteca Pernambucana de História Municipal; Coleção Tempo Municipal; Coleção Cronologia Pernambucana; Coleção Documentos Históricos Municipais; e a Coleção História da Imprensa de Pernambuco, além da Revista de História Municipal, sobre a qual já nos referimos.

Portanto, o papel do CEHM tem sido, ao longo desses 40 anos, além de agregar esses abnegados historiadores, também, como tarefa permanente, o de reunir documentos ou de

salvar documentos quase perdidos em meio a centenas de páginas escritas, guardadas ou amontoadas, esquecidas pelo tempo. Aqui ou acolá, surge uma nova pesquisa que resultará em um novo livro, que descreve ou descrevia a “Minha Cidade, Minha Saudade....”, como fazia Luís Wilson; ou como “Os Caboclos de Urubá”, de Nelson Barbalho; ou “O Açúcar num Documento Colonial”, do memorável Costa Porto; ou a “Floresta do Navio”, aonde navegava Carlos Ferraz; ou nas “Ruas de Pesqueira”, caminhando com José de Almeida Maciel, e tantos outros escritores. Depois de José Luiz Delgado, alguns outros servidores da Fiam assumiram a coordenação do Centro, como Eleny Pinto da Silveira, que esteve à frente por muitos anos e que conseguiu alavancar o seu programa editorial, e, ulteriormente, Miguel Meira de Vasconcelos, antigo servidor da FIAM, que vem gerindo o CEHM com inegável esforço, zelo e abnegação, lutando bravamente para mantê-lo vivo, coeso e produtivo, nesse tempo de agora de extrema turbulência social, política e econômica. Miguel, em seu período de coordenação conseguiu editar mais de 30 livros, dentre os quais:

Edit by CarlosDantas

  • Twitter Classic
  • Facebook Classic
bottom of page