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                                                   O cinéfilo Tota Figueira                                                          

Pernambuco perdeu na manhã do dia 20 de julho, próximo passado, o médico mastologista Antônio Simão dos Santos Figueira Filho, 68. Tota Figueira, como era mais conhecido, cursou Medicina na UPE, formou-se em 1971 e fez uma especialização na Universidade de Oxford, na Inglaterra, tornando-se, mais tarde, presidente da Sociedade Internacional de Mastologia. Lecionou nos Cursos de Medicina da UFPE e da UPE, do qual estava como Diretor da Faculdade de Ciências Médicas; ainda era membro da Academia Pernambucana de Medicina e consultor científico do Instituto Materno Infantil (IMIP). Era, incontestavelmente, um profissional habilitadíssimo e senhor de uma imensa solidariedade.

Tota Figueira era um cinéfilo. Guardava em sua residência uma admirável coleção de filmes épicos e outros que se tornaram “clássicos do cinema”, até os mais modernos premiados, tais como: Bem-Hur(1959); E o Vento Levou (1939); Fantasia (1940); A Bela e a Fera (1991); O Mágico de Oz(1939); O Senhor dos Anéis- A Sociedade do Anel (2001); A Felicidade não se compra (1946); O Campo dos Sonhos (1989); Quero ser Grande (1988); O poderoso Chefão (1972); Fúria Sanguinária (1949); Inimigo Público (1931); Alma no Lodo (1930); 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968); Guerra nas Estrelas (1977); O Extraterrestre (1982); Laranja Mecânica (1971); O Dia em que a Terra parou (1951); Blade Runner (1982); Os Brutos também amam (1953); Os Imperdoáveis (1992); Rio Vermelho (1948); Alice no País das Maravilhas (1865), e tantos outros que ele comentava com entusiasmo. Pensamos até em reinaugurar o Cine Country, uma seção por mês. Sobre o clássico ‘Alice no País das Maravilhas’, dizia ele: “a obra do romancista Charles Lutwidge, mais conhecido pelo pseudônimo Lewis Carroll, tornou-se imortalizada pela sua grandeza de reflexões”. E foi verdade, Tota tinha razão. O filme era uma fábula, a fábula da menina Alice em visita a um universo fantástico povoado e repleto de criaturas bizarras onde os fantoches também sonham e se encantam - uma revolução cultural naquela época para crianças e adultos. E isso acontecera na Inglaterra, há dois séculos, no Reino Unido da Era Vitoriana.

Com o intuito de homenageá-lo, perguntei a alguns sócios da nossa família countryana quem poderia escrever algumas linhas como uma maneira de lembrá-lo. Antônio Carlos Faria (Tota).” Falando sobre amizade, um escritor português que li há muito tempo atrás, disse: não reparamos que éramos um só, que cada um de nós era a ilusão do outro. Belas palavras. E é como me sinto. Éramos um só. Há irmãos de sangue, filhos dos mesmos pais. São bons. E os que a vida junta, estes são os melhores. Lamento que na estrada, a partir de agora, eu tenha que caminhar sozinho, juntando lembranças dos bons momentos que vivemos. Saudades, tantas, do irmão Tota”. Dr. Romero Carvalho. “Deu ele ao mundo o de melhor como homem e médico mastologista: conhecimento, humildade, e humanidade. Dizia ele: ‘dou tratamento cirúrgico e clínico, para você, com minha alegria, esperança e conforto’. Agora, agradeço por tudo ao meu colega e meu irmão Tota. Thompson de Andrade Pedrosa. “ Em meio a tantos fatos da vida, deparei-me com este, recentemente. D. Isabel, uma das cuidadoras da minha mãe, já tinha sido atendida umas 6 vezes em uma UPA, mas as dores continuavam. Então, levei-a a Tota para examiná-la. E ele me disse: ela será operada ainda esta semana, no Hospital Oswaldo Cruz. Passados alguns dias após a cirurgia, fui visitá-la em um dia de domingo e, no quarto onde ela se encontrava, havia umas 15 pessoas entre parentes, amigos e vizinhos, todos orando. Então, uma das filhas dirigiu-se a mim e falou: o Dr. Tota era um

homem de Deus e todos ali estavam orando por sua mãe e por ele”. Amaro, André e Joabe (Bar do Country): A saudade é imensa de não podermos mais ter a sua companhia e alegria em nossas tardes, aqui, no Bar”. Neide de Paulo (Bar do Country): Era uma pessoa maravilhosa. Tratava-nos de igual para igual, sem restrições. Era dono de um carisma excepcional. Dr. Tota partiu muito cedo, porém deixou-nos um legado, a alegria de viver”.

Tota fora casado com a Sra. Elizabeth Horcades dos Santos Figueira, já falecida, e deixou quatro filhos e quatro netos.

Edit by CarlosDantas

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