top of page

                                                         O que Noronha perdeu...                                                  

Fernando de Noronha é o arquipélago brasileiro que pertence ao Estado de Pernambuco. Em meio às controvérsias sobre o seu descobrimento pelos portugueses, pelo menos três nomes estão associados à ilha na época de sua descoberta: Ilha de São Lourenço, Ilha de São João e Ilha de Quaresma(?). Conforme os registros históricos, a ilha foi descoberta em 10 de agosto de 1503 por uma expedição portuguesa sob o comando geral do capitão Gonçalo Coelho, organizada e financiada pelo comerciante de Lisboa, Fernão de Loronha, tendo a bordo, ainda, o navegador italiano Américo Vespúcio, quem primeiro a descreveu, relatando o seu nome como “Ilha de São Lourenço” (um costume nas explorações portuguesas de nomear locais e/ou edificações conforme o calendário litúrgico). Em 1504, o rei D. Manuel I emitiu a carta de concessão da “Ilha de São João”, como uma capitania hereditária de Fernão de Loronha (que a transformou em um monopólio comercial sobre o comércio no Brasil), tornando-se, portanto, a primeira capitania hereditária do País. Conhecida como a “Esmeralda do Atlântico”, (a esmeralda é um mineral cristalino que se distingue pela sua beleza, pureza, cor, transparência, brilho, dureza e refração da luz – a rainha Cleópatra já usara como símbolo, além de crença no amor incondicional, no rejuvenescimento e na confiança), sendo declarada pela UNESCO, em 2001, como Patrimônio Natural da Humanidade. Nesses tempos modernos quem tem melhor estudado a Ilha é a profª Marieta Borges com a sua equipe, inclusive criando e enriquecendo o “Memorial de Noronha”.

Ainda no governo Eduardo Campos foi designado como administrador-geral o Bacharel em Direito Reginaldo Valença Júnior, e confirmado nos governos subsequentes, porque encerrava alguns predicados indispensáveis (pensávamos nós) para gerir o arquipélago, tais como: competência administrativa, aberto ao diálogo, vontade de fazer, carisma, humanidade, lisura, fidelidade política e lealdade partidária. Dentre inúmeras realizações e propostas para a Ilha, Reginaldo destacaria: reestruturação da quadra da Escola Arquipélago e construção de um novo Centro Poliesportivo; melhoria do Hotel de Trânsito, através de convênio com o SENAC/SESC possibilitando, inclusive, treinamento permanente de mão de obra local para o ‘trade’ turístico da ilha; ampliação e reestruturação do Porto de Santo Antônio; viabilizar o recebimento do FPM; proporcionar a autonomia financeira de Noronha; viabilizar a auto-suficiência energética a partir de fontes renováveis; viabilizar a permuta de toda a frota de veículos existentes por veículos movidos a energia elétrica; implantação do Plano de Iluminação Pública de toda a ilha para LED; abertura de um Centro Cultural e de Convenções; consolidar a posse (de Fato e de direito de 100%) da ilha para o Estado; internet de alta velocidade; TV Golfinho, TV WEB e Rádio WEB; construção de 100 moradias; ampliação da Escola de Referência Arquipélago; ampliação da Escola Bem-me-Quer, para atender a toda população infantil da ilha; reativar a produção de alimentos local (frutas, verduras e legumes); calçamento de estradas vicinais;

reestruturação de toda a BR 363; requalificação do Terminal de passageiros; reestruturação da pista de pouso do Aeroporto Carlos Wilson, com o seu balizamento para pousos e decolagens noturnas; conclusão da sinalização turística; reestruturação das casas funcionais; criação do Colar do Mérito de Fernando de Noronha... É incompreensível a sua saída.

Na verdade, os problemas de administração no Brasil são democráticos: a ineficiência que se implantou em Brasília com profunda intensidade contaminou e atingiu sem distinção todos os Estados e a todas as classes sociais. E Pernambuco, por certo, foi atingido mortalmente. Lamentável. Além disso, neste momento, nem as esmeraldas podem cintilar.

Edit by CarlosDantas

  • Twitter Classic
  • Facebook Classic
bottom of page